sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Fobica e o Pau Elétrico de Dodô e Osmar; Vai ao 1º Salão Baiano de Turismo: E os Meninos de Osmar Macedo, Visitam o Memorial Luiz Gonzaga. Acordeon e Serpentinas.


Fobica que Começou o Trio Elétrico 1950.
Guitarras do Trio Elétrico Dodô & Osmar.
Aroldo Macedo "Livro o baião e o rei"  e Guilherme Machado
Guilherme Machado e Aroldo Macedo.
Guilherme Machado e Betinho Macedo "Chapeu"
Guilherme Machado "Chapeu"  e Betinho Macedo.
Armando Macedo "Armandinho" e Guilherme Machado.
Heleno Fontes Betinho Macedo e Miguel Angelo.


No começo de 1950 o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas do Recife partira para uma apresentação no Rio de Janeiro e, como a embarcação em que viajavam faria uma escala na capital baiana, a Prefeitura convidou-os para realizarem uma apresentação enquanto esta durasse. Assim, no dia 31 de janeiro daquele ano realizam um desfile pelas ruas de Salvador, como registrou Leonardo Dantas Silva: "rico estandarte alçado ao vento, morcego abrindo a multidão, balizas puxando dois cordões (...) tudo ao som de uma fanfarra de 65 músicos que, com seus metais em brasa, viriam naquele momento revolucionar a própria história da música popular brasileira... Logo a multidão empolgada acompanhava o cortejo, ao qual vieram os próprios músicos se misturar, em grande folia. Rumava o desfile para seu ponto alto na Rua Chile, então a principal artéria da cidade. Mas um incidente no qual um dos músicos pernambucanos se feriu fez com que o grupo interrompesse a apresentação, frustrando os que lá aguardavam sua passagem. Ilustração do primeiro trio elétrico - a "fobica" de Dodô e Osmar.
Estátua de Dodô e Osmar em Salvador, na Bahia.Vendo a animação com que o público reagira ao frevo pernambucano, e para suprir a frustração provocada pela interrupção do desfile, Antonio Adolfo Nascimento - Dodô - e seu amigo Osmar Álvares Macêdo adaptam uma "forbica" ligando à Bateria do automóvel um violão e um protótipo de guitarra[6] e saíram pelas ruas executando o ritmo recifense, com enorme sucesso. Estava, assim, instituída a dupla elétrica Dodô e Osmar. No ano seguinte incorporam mais um músico, inaugurando o nome com que seria imortalizado, de trio elétrico. Em 1959 apresentam-se em Recife, com patrocínio da Coca-Cola, fechando o ciclo das influências carnavalescas. Os trios vão ampliando em tamanho, na década de 1960, pelo uso de caminhões cada vez maiores. Ligados a blocos identificados por camisões coloridos - as mortalhas - os grupos passam a se isolar dos demais foliões por meio de cordas de separação. Destaca-se, desde então, o Trio Elétrico Tapajós, que é contratado pela prefeitura recifense para se apresentar naquela cidade. Em 1969 a canção Atrás do Trio Elétrico, de Caetano Veloso, divulga em todo o Brasil o fenômeno até então restrito aos dois estados nordestinos. Na década seguinte tem início a profissionalização, sendo o Trio Tapajós transformado numa empresa, em 1976. No ano 1978 Moraes Moreira leva o cantor para o trio, com a canção Assim pintou Moçambique.[3] Tem início uma nova fase do Carnaval Baiano, e do próprio trio, renovado com a presença vocal, na figura de Moraes, que apresenta sucessos cantados pela primeira vez no "palco móvel" dos trios, como "Varre, Varre Vassourinha" - homenagem ao Clube recifense que deu início a tudo - pois até então os trios eram exclusivamente instrumentais, como relembra o compositor Manno Góes. Moraes ligara-se ao guitarrista Armandinho, filho de Osmar Macedo, e experimentaram a inovação de trazer um cantor sobre o trio. O artista relata ainda que a ideia surgira anteriormente, em conversa com Gilberto Gil, onde esse observava que seria necessário "botar uma força no trio", pois já não aguentava mais escutar as mesmas coisas sendo tocadas.

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