Quem contemplar a obra, atento à história, vai perceber algo além do impressionante movimento moleque na escultura de Jackson do Pandeiro, o "Rei do Ritmo": é a alegria do outro rei, o "Rei do Baião", Luiz Lua Gonzaga. Alegria no lugar do "ciúme" que, pelo relato de Fernando Moura e Antônio Vicente, no livro "Jackson do Pandeiro, o Rei do Ritmo", talvez tenha feito Luiz Gonzaga recusar tantos convites para participar do programa de rádio de Jackson, o que só aconteceu na década de 70, na Rádio Globo.
se o ciúme separou os dois ídolos nordestinos durante anos; se a música, a molecagem rítmica, um simples programa de rádio, o contágio cultural, ou o respeito mútuo os uniu na memória musical brasileira, agora quem os une para sempre é o bronze que canta, toca e dança às margens do Açude Velho. Afinal, também foi na querida Campina Grande de Jackson do Pandeiro que Luiz Gonzaga fez um dos seus últimos shows. O último - em carne e osso - foi no dia 6 de julho de 1989, no Recife, quando, por causa do seu estado de saúde, tocou sentado - da mesma forma que toca agora na "Farra de Bodega" com Jackson do Pandeiro... A Pergunta Que Não Quer se Calar Por Todos os Diabos Será Que Eles Gravaram Algo Juntos... Acima Vê-se a Única foto de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro Juntos. Mais Abaixo Fotos da Escultura Dos Dois na Praça da Farra da Bodega em Campina Grande Paraiba.
Há quem diga que Luiz Gonzaga tinha muito receio do espaço que Jackson do Pandeiro ocupou, fazendo tanto sucesso quanto ele no sul do País, mas a relação entre eles era também de muita admiração e respeito. Luiz Gonzaga não gostava da concorrência; nunca gravou uma música do repertório de Jackson; dizia que Jackson era muito "presepeiro", que ficava pulando e dançando no palco de um jeito muito palhaço. Isso na verdade era a forma dele defender seu próprio jeito de se apresentar, um pouco mais "tradicional". Jackson sempre foi muito fã de Luiz Gonzaga, mas muito, muito ciumento mesmo em relação à Almira - sua mulher - ficou muito cabreiro após um episódio em que Luiz fez um elogio a ela.
ResponderExcluirForte abraço e parabéns ao Guilherme por manter viva na memória do povo brasileiro a nossa belíssima e riquíssima cultura nordestina muito bem representada pelo nosso eterno Rei do Baião Luiz Gonzaga.
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